Não estou fisicamente presente
Nada mais sou que, janela aberta
Sou música, palavras, mas não sou gente
Distância, a verdade descoberta
Sou presença, sou lembrança e até fado
Sou saudade, com voz rouca, sou carinho
Queria ser, algo mais, o ser amado
E saber, dos teus passos, o caminho
Que o meu caminho encontre, a tua estrada
Como o fio-de-prumo, a vertical
Queria ser, o teu destino ou tudo ou nada
Que os meus olhos cruzassem, os olhos teus
Que o meu olhar, branco puro como a cal
Guiasse os teus sonhos, até aos meus.
Carlos Tronco
Mondeville
12/05/05
Acrescentar à letra cor, partilhar da alma o etéreo, mostrar da mão os calos, caminhar, ao lado, em silêncio.
sábado, 31 de janeiro de 2009
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Sem regresso
Vês a areia, cor de areia, na ampulheta?
Que vai correndo, correndo devagar
Essa areia tempo corrido, cai direita
E para voltar a correr basta virar
Assim, em tempos antigos, se media o tempo
Mas na vida, meu amor, não há voltar
Cada segundo do tempo que se for
É tempo que já não se deve chorar
Cada instante saboreado, sofregamente
Amanhã não sabemos a cor do sol
Uma nuvem, pode esconder e de repente...
Deixa os meus lábios provar os lábios teus
As minhas mãos apagar os pesadelos
São instantes de felicidade, dádiva de um Deus.
Carlos Tronco
Mondeville
10/05/05
Que vai correndo, correndo devagar
Essa areia tempo corrido, cai direita
E para voltar a correr basta virar
Assim, em tempos antigos, se media o tempo
Mas na vida, meu amor, não há voltar
Cada segundo do tempo que se for
É tempo que já não se deve chorar
Cada instante saboreado, sofregamente
Amanhã não sabemos a cor do sol
Uma nuvem, pode esconder e de repente...
Deixa os meus lábios provar os lábios teus
As minhas mãos apagar os pesadelos
São instantes de felicidade, dádiva de um Deus.
Carlos Tronco
Mondeville
10/05/05
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Coroas
Coroas
Adornadas
De prata
Catitas
Sem preconceitos
Promessas de doces leitos
Sorrisos ao constatar
Dos seus homens o defeito
Sempre virados p'ro mar
Sentidos encantos
E com sereias perdidos
Os seus prantos divertidos
São cantos quase sem jeito
Adornadas
De prata
Catitas
Sem preconceitos
Promessas de doces leitos
Sorrisos ao constatar
Dos seus homens o defeito
Sempre virados p'ro mar
Sentidos encantos
E com sereias perdidos
Os seus prantos divertidos
São cantos quase sem jeito
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
DIZER
Porquê
tentar dizer o indizível
porquê sondar a alma
sabendo vão
que por mais que pareça, tão, risível
a alma não se come
como pão
tentar saber em um instante
o porquê da vida
a felicidade
dizer e claramente sentida
palavras misturadas de verdade
perguntar também
o que verdade é
pois
o que para mim tem um sentido
se alguém o ouve
tende o ouvido
talvez entenda que foi dito sem ter fé
partilhar da minha alma com a tua
dizer, alinhavar, tomar partido
alguém encontrara, eu não duvido
palavras para dizer a alma sua.
Carlos Tronco
Mondeville
03/05/05
tentar dizer o indizível
porquê sondar a alma
sabendo vão
que por mais que pareça, tão, risível
a alma não se come
como pão
tentar saber em um instante
o porquê da vida
a felicidade
dizer e claramente sentida
palavras misturadas de verdade
perguntar também
o que verdade é
pois
o que para mim tem um sentido
se alguém o ouve
tende o ouvido
talvez entenda que foi dito sem ter fé
partilhar da minha alma com a tua
dizer, alinhavar, tomar partido
alguém encontrara, eu não duvido
palavras para dizer a alma sua.
Carlos Tronco
Mondeville
03/05/05
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
O QUE É A MORTE?
Quando o coração para de bater?
Não, aquele coração que puxa
A máquina que faz circular
O líquido vermelho
O sangue
Essa morte é clássica, é...
Talvez seja
Facilmente detectável
Estou a falar do outro
Do coração impalpável
Etéreo, desobediente
Aquele que comanda à loucura
Aquele que foge à razão
Aquele, insensível à consciência
Sim aquele que ama
Morrer é então já não amar
Que é a vida afinal?
A fase da existência durante a qual
O coração indomável
Bate por alguém
Carlos Tronco
CAEN
24-03-04
Não, aquele coração que puxa
A máquina que faz circular
O líquido vermelho
O sangue
Essa morte é clássica, é...
Talvez seja
Facilmente detectável
Estou a falar do outro
Do coração impalpável
Etéreo, desobediente
Aquele que comanda à loucura
Aquele que foge à razão
Aquele, insensível à consciência
Sim aquele que ama
Morrer é então já não amar
Que é a vida afinal?
A fase da existência durante a qual
O coração indomável
Bate por alguém
Carlos Tronco
CAEN
24-03-04
domingo, 25 de janeiro de 2009
Encontro
Se as minhas mãos soubessem falar
quando te afago o rosto
e apago as tuas lágrimas
se os meus dedos soubessem dizer
quando acaricio o teu peito
e escuto o teu coração
se o meu ser pudesse explicar
o que a minha alma sente
se os meus lábios soubessem cantar...
é um gesto imperfeito
palavra sem jeito
etéreo falar
são flores à enfeitar
são rendas do peito
são beijo por dar
e depois sem medo
sereno e feliz
de poder partilhar
eu deixo o meu dedo
vadio, é segredo...
deixo passear
por montes e vales
colinas ribeiros
e deixas tocar
nas cordas da vida
guitarra querida
a acompanhar
o fado, o destino
o nó da garganta
o sorriso enfim...
se a mágoa é tanta
hesitas perguntas
depois de mãos juntas
sorrindo, alegre
e quase com febre
pedes protecção
da cara ao joelho
da alma o espelho
...passeia uma mão.
Carlos Tronco
Mondeville
07/05/05
quando te afago o rosto
e apago as tuas lágrimas
se os meus dedos soubessem dizer
quando acaricio o teu peito
e escuto o teu coração
se o meu ser pudesse explicar
o que a minha alma sente
se os meus lábios soubessem cantar...
é um gesto imperfeito
palavra sem jeito
etéreo falar
são flores à enfeitar
são rendas do peito
são beijo por dar
e depois sem medo
sereno e feliz
de poder partilhar
eu deixo o meu dedo
vadio, é segredo...
deixo passear
por montes e vales
colinas ribeiros
e deixas tocar
nas cordas da vida
guitarra querida
a acompanhar
o fado, o destino
o nó da garganta
o sorriso enfim...
se a mágoa é tanta
hesitas perguntas
depois de mãos juntas
sorrindo, alegre
e quase com febre
pedes protecção
da cara ao joelho
da alma o espelho
...passeia uma mão.
Carlos Tronco
Mondeville
07/05/05
sábado, 24 de janeiro de 2009
Historias para dormir de pé...
Amiga dôce
tu que sabes escutar
palpitas
por vezes adivinhas
e ris
Amiga distraida
de dedo entalado
seria un namorado
aquele passarinho?
ou o seu vizinho
o famoso lagarto?
tu que não quizeste
deixar o jacaré
procuras ali
e pé ante pé
mulher
eu ja vi
eu sei como é
eu o teu amigo
que esta sempre aqui
tu que sabes escutar
palpitas
por vezes adivinhas
e ris
Amiga distraida
de dedo entalado
seria un namorado
aquele passarinho?
ou o seu vizinho
o famoso lagarto?
tu que não quizeste
deixar o jacaré
procuras ali
e pé ante pé
mulher
eu ja vi
eu sei como é
eu o teu amigo
que esta sempre aqui
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Astros
Sinto no calor do teu peito
No afago dos teus braços
A potência, o fogo, o jeito
A corda, o fio, também os laços
Sinto a ternura condensada
Do abraço forte e carinhoso
De uma procura desesperada
De um beijo que tem algo bondoso
Sinto alta noite em companhia
De um cometa fugitivo
De uma brilhante estrela, mas vadia
Sinto tocar no alvo que persigo
Sinto apenas, pois tocar não posso
Aqui, a razão do acreditar
Em céus, astros, tudo quanto é nosso
Conjugando simplesmente o verbo amar
Carlos Tronco
Mondeville
01/05/05
No afago dos teus braços
A potência, o fogo, o jeito
A corda, o fio, também os laços
Sinto a ternura condensada
Do abraço forte e carinhoso
De uma procura desesperada
De um beijo que tem algo bondoso
Sinto alta noite em companhia
De um cometa fugitivo
De uma brilhante estrela, mas vadia
Sinto tocar no alvo que persigo
Sinto apenas, pois tocar não posso
Aqui, a razão do acreditar
Em céus, astros, tudo quanto é nosso
Conjugando simplesmente o verbo amar
Carlos Tronco
Mondeville
01/05/05
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Um instante
Um instante
Pode ser o princípio da eternidade
Como o ponto final
Da incerteza
No entanto
Instantes virtuais
Mesmo somados
Não fazem vidas
Quanto a mim
Começo a duvidar
Que existo
Carlos Tronco
Mondeville
31-03-2005
Pode ser o princípio da eternidade
Como o ponto final
Da incerteza
No entanto
Instantes virtuais
Mesmo somados
Não fazem vidas
Quanto a mim
Começo a duvidar
Que existo
Carlos Tronco
Mondeville
31-03-2005
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Poente
Procuro a solidão
Doce pecado
Que me faça esquecer
A minha sina
Procuro a sua mão
Também o fado
Que me leve ao entardecer
Sobre a colina
De onde possa ver
Deitar no mar
Algum sol perdido
No tormento
Do frio celeste
E em um momento
No salgado leito
A ternura encontrar
Carlos Tronco
Mondeville
29/03/05
Doce pecado
Que me faça esquecer
A minha sina
Procuro a sua mão
Também o fado
Que me leve ao entardecer
Sobre a colina
De onde possa ver
Deitar no mar
Algum sol perdido
No tormento
Do frio celeste
E em um momento
No salgado leito
A ternura encontrar
Carlos Tronco
Mondeville
29/03/05
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Adorno mural
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Vento vadio
é algo difícil
falar com o vento
e deixar levar
como folhas fossem
o seu pensamento
não é que não gostem
as folhas portanto
de voar enquanto
o outono vem
e o vento vadio
aquele que é frio
que estraga a madeixa
pensamento leva
de aqui para além
o que vale também
quando vem de volta
esse vento à solta
traz e sabe bem
mil pensares
amém
CC
Mondeville
15/04/05
falar com o vento
e deixar levar
como folhas fossem
o seu pensamento
não é que não gostem
as folhas portanto
de voar enquanto
o outono vem
e o vento vadio
aquele que é frio
que estraga a madeixa
pensamento leva
de aqui para além
o que vale também
quando vem de volta
esse vento à solta
traz e sabe bem
mil pensares
amém
CC
Mondeville
15/04/05
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Molhada como chuva
Continua a chover
Gotas de água
Traços de vida
Derramadas
Caiem do céu
E sujas
Em lama
Correm
Em chão alheio
Vidas que se vão esgotando
Caindo
Derramando
E quando o sol
De novo raiar
Talvez seja tarde demais
Talvez já não haja nuvens no céu
Talvez a vida tenha deixado de ser
Céu azul claro
De pura sede
Carlos Tronco
Mondeville
29-03-05
Gotas de água
Traços de vida
Derramadas
Caiem do céu
E sujas
Em lama
Correm
Em chão alheio
Vidas que se vão esgotando
Caindo
Derramando
E quando o sol
De novo raiar
Talvez seja tarde demais
Talvez já não haja nuvens no céu
Talvez a vida tenha deixado de ser
Céu azul claro
De pura sede
Carlos Tronco
Mondeville
29-03-05
domingo, 11 de janeiro de 2009
O mistério da arte
Pretendeis conhecer-me pelo que escrevo,
As letras, não fui eu quem as inventou
E Deus apenas, a soletrar, me ensinou.
As letras, não fui eu quem as inventou
E Deus apenas, a soletrar, me ensinou.
sábado, 10 de janeiro de 2009
Silêncio
Nos teus olhos, nos teus lábios, nos teus braços
Procuro o meu caminho, segredo teu
Procuro a luz clara que a um ateu
Possa levar da baixa terra ao alto espaço
Procuro, por vales escondidos, suaves colinas
Onde a alma faz o leito para sonhar
Onde se desaltera em fontes, o mudo olhar
Fontes frescas e puras das meninas
Dos olhos; dizia há pouco, a esperança
De ver como em miragem, fundo ao mar
Tocar nos céus, como em sonhos de criança
Conhecer, o impossível, o destino
O rumo de uma vida a sonhar
Quando deixado, de mágoa desatino
Procuro o meu caminho, segredo teu
Procuro a luz clara que a um ateu
Possa levar da baixa terra ao alto espaço
Procuro, por vales escondidos, suaves colinas
Onde a alma faz o leito para sonhar
Onde se desaltera em fontes, o mudo olhar
Fontes frescas e puras das meninas
Dos olhos; dizia há pouco, a esperança
De ver como em miragem, fundo ao mar
Tocar nos céus, como em sonhos de criança
Conhecer, o impossível, o destino
O rumo de uma vida a sonhar
Quando deixado, de mágoa desatino
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
Uma pétala adormece nos braços do vento
Uma pétala adormece nos braços do vento
Que sem piedade, a leva rudemente
Ao leito, de ervas, do amor convento
Para a depor, como uma semente
Algo fabuloso, que só é ternura
No chão consagrado, e vai rebentar
Um quadro pintado, só de formosura
O frágil da pétala, fundo como o mar
Triste a menina, ali a encontro
Parecia perdida; quando a achei
Mas tão ternurenta, caramelo em ponto
Na palma da mão, então fiz saltar
A pétala de flor, quadro colorido
Coisa pequenina, grande pelo amar.
Carlos Tronco
Mondevile
17/03/05
Que sem piedade, a leva rudemente
Ao leito, de ervas, do amor convento
Para a depor, como uma semente
Algo fabuloso, que só é ternura
No chão consagrado, e vai rebentar
Um quadro pintado, só de formosura
O frágil da pétala, fundo como o mar
Triste a menina, ali a encontro
Parecia perdida; quando a achei
Mas tão ternurenta, caramelo em ponto
Na palma da mão, então fiz saltar
A pétala de flor, quadro colorido
Coisa pequenina, grande pelo amar.
Carlos Tronco
Mondevile
17/03/05
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
Searas vermelhas
Papoilas
Sabeis o que são?
São coisas floridas
Que puxam do chão
E todas garridas
De singelas cores
Serão mesmo flores?
Tão frágeis são elas
Vermelhas
São sangue
De feridos campos
Arados selvagens
Ferozes charruas
Flores encarnadas
Enfeitam os trigos
Searas, amigos,
Com flores engraçadas
Searas vermelhas
Dos campos antigos
Carlos Tronco
Mondeville
12/04/05
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Palavras
Uma palavra solta
Uma palavra apenas
Uma palavra dita
Grito de revolta
De mágoas e penas
Tu mulher catita
Uma palavra leve
Não há quem lhe pegue
É flor de jasmim
É perfume santo
Que tem o encanto
De um amor sem fim
Palavras perdidas
Frases esquecidas
Efeito atrasado
Depois são relidas
E são destas vidas
O sal e o agrado
Confessei e disse
Com poucas palavras
Como te amo amor
E tu respondeste
Tem juízo, engano,
Palavras sem cor
Fico aqui perdido
Ao canto esquecido
Como um velho santo
Das minhas palavras
Vão nascendo nadas
Mas ouve-se o pranto
Até há quem goste
Sente-se feliz
Talvez mais confiante
E com palavrinhas
Que já não são minhas
Torna-se amante
Já não sei, não juro, que é poesia
Mas tecer palavras
Mal alinhavadas
Traz-me alegria
Carlos Tronco
Mondeville
24/03/05
Uma palavra apenas
Uma palavra dita
Grito de revolta
De mágoas e penas
Tu mulher catita
Uma palavra leve
Não há quem lhe pegue
É flor de jasmim
É perfume santo
Que tem o encanto
De um amor sem fim
Palavras perdidas
Frases esquecidas
Efeito atrasado
Depois são relidas
E são destas vidas
O sal e o agrado
Confessei e disse
Com poucas palavras
Como te amo amor
E tu respondeste
Tem juízo, engano,
Palavras sem cor
Fico aqui perdido
Ao canto esquecido
Como um velho santo
Das minhas palavras
Vão nascendo nadas
Mas ouve-se o pranto
Até há quem goste
Sente-se feliz
Talvez mais confiante
E com palavrinhas
Que já não são minhas
Torna-se amante
Já não sei, não juro, que é poesia
Mas tecer palavras
Mal alinhavadas
Traz-me alegria
Carlos Tronco
Mondeville
24/03/05
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Quem?
Nem cera, nem mármore, mas apenas carne
Humano calor, divino dizer
Barba por fazer e o resto charme
Humano calor, divino dizer
Barba por fazer e o resto charme
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Senti a macieira florescer
Fui ao jardim espreitar
Ver se a vida já brotava
Uma macieira estava
Pronta para despertar
Senti nas profundas entranhas
A seiva já a subir
E de desejo sorrir
Fêmea de cascas castanhas
Aqui está a primavera
Mas como pode escolher?
Árvore plantada na serra
Entre a terra onde a prendem as raízes
E o céu onde se libertam os perfumes
Podemos ser, testemunhas e juízes?
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
FOI ASSIM QUE O INCRÍVEL ACONTECEU
FOI ASSIM QUE O INCRÍVEL ACONTECEU
Mãos trémulas, erguendo-se, e ao céu implorando
O favor mais lindo, no vale da frescura
Com as mãos desenhando das colinas a verdura
O objecto do desejo implorava chorando
Sonhava com o vale, dormia nas colinas
E da verde erva fresca, dizia o sentir
Sozinho no deserto, então resolveu pedir
A erva que crescia da fera eram crinas
Pediu ao Deus senhor a criação de um ser
Coisa parecida e comparava aos sonhos
Fosse bonita ou feia, como Deus quiser
E foi assim pedindo, o nosso pobre Adão
A criação da mulher obteve, o pai de todos nós
Conheceu a felicidade, conhecida a solidão
Mãos trémulas, erguendo-se, e ao céu implorando
O favor mais lindo, no vale da frescura
Com as mãos desenhando das colinas a verdura
O objecto do desejo implorava chorando
Sonhava com o vale, dormia nas colinas
E da verde erva fresca, dizia o sentir
Sozinho no deserto, então resolveu pedir
A erva que crescia da fera eram crinas
Pediu ao Deus senhor a criação de um ser
Coisa parecida e comparava aos sonhos
Fosse bonita ou feia, como Deus quiser
E foi assim pedindo, o nosso pobre Adão
A criação da mulher obteve, o pai de todos nós
Conheceu a felicidade, conhecida a solidão
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
Verde é a distância
Verdes são os campos
de trigo ao nascer
verdes os teus olhos
estando a escrever
escrever de verde
da cor da esperança
enquanto amadurece
canto e tu dança
Verdes são os campos
verde o meu jardim
os suspiros tantos
tão verdes para mim
dá-me verdes beijos
com o teu olhar
no céu desta boca
pois eu vou gostar
mais um ano
mais um ano
mais o tempo
vai passar
mais a vida encurtar
tudo isto é desengano
:
mais um ano
mais dois dias
um inverno
noites frias
chega o verão
se não me engano
:
mais um ano
mais um ano
e assim passam os dias
Carlos Tronco
de trigo ao nascer
verdes os teus olhos
estando a escrever
escrever de verde
da cor da esperança
enquanto amadurece
canto e tu dança
Verdes são os campos
verde o meu jardim
os suspiros tantos
tão verdes para mim
dá-me verdes beijos
com o teu olhar
no céu desta boca
pois eu vou gostar
mais um ano
mais um ano
mais o tempo
vai passar
mais a vida encurtar
tudo isto é desengano
:
mais um ano
mais dois dias
um inverno
noites frias
chega o verão
se não me engano
:
mais um ano
mais um ano
e assim passam os dias
Carlos Tronco
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